sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Seja Bem Vindo(a)!

As bijouterias surgiram em 1929, durante a grande depressão norte-americana, como alternativa à jóia. Logo conquistou seu espaço graças à versatilidade e à variedade dos materiais trabalhados que, não impondo limites à criatividade, adaptavam-se à moda e às tendências. A criação das peças é considerada um ramo da ourivesaria, que trabalha com ligas de metais que imitam o ouro e a prata, e com pedras semipreciosas ou similares de gemas (vidro, plástico etc.).
Bijouteria, uma história tão antiga quanto à beleza das mulheres e a vaidade humana.
Foram encontrados por vários geólogos colares, braceletes, contas feitas em anéis, 25 mil anos antes de Cristo. Essas peças foram compostas com dentes, conchas, madeiras, sementes e outros, mostrando assim os primeiros esforços da raça humana no sentido de auto-adornação. Do Egito, as escavações nos trazem contas de vidro e cerâmica.
Os egípcios já produziam as peças de vidro desde o século VII antes de Cristo. No século XV os italianos introduziram o cristal. No princípio as peças eram produzidas artesanalmente, mas com o advento do fogo e seu consequente domínio, foi possível adotar outros materiais.
Começa então a era do metal e também das imitações de pérolas que adornam roupas e chapéus. Na Idade Média a ourivesaria, assim como as demais artes, tornou-se propriedade da Igreja. Já no Renascimento com o desenvolvimento do comércio e o surgimento da burguesia, esse quadro se reverte. Com o progresso, os artistas tiveram a necessidade de criar formas e montagens das jóias e bijouterias.
No século XIX, com a invenção da galvanoplastia, amplia-se o domínio dos ornamentos.
* 1901 a 1910: O período da grande luxúria. Mulheres ricas americanas vão à Paris comprar as últimas criações. Mantos de veludo, chapéus com fitas e flores, bolsas de mão e correntes douradas, broches de borboletas e muitas pérolas. As cores são violeta, branco, creme e verde pálido.
* 1911 a 1930: Nesse período a moda sofre uma revolução de fato com o francês Paul Poiret e o fim do uso do espartilho. Assim a mulher adquire uma forma natural. A nova silhueta requer algum suporte, como trajes elegantes e bem femininos, gargantilhas, colares de marfim e laços de seda. O traje perfeito: o tailler.
* 1931 a 1940: Channel lança moda: bolero com pregas, cabelos curtos, broches em material plástico, alfinetes de ouro e gargantilhas.
* 1941 a 1950: O mundo está em guerra, não existe moda. As mulheres trabalham em indústrias. O estilista Alceu Pena e Carmem Miranda criam a fantasia da brasileirinha, com saias coloridas de babado e penduricalhos. Há uma super valorização do quadril e da cintura. Após a guerra, o surrealismo influencia os acessórios. A moda pós-guerra une a tecnologia e lições científicas aprendidas durante a guerra: introdução do poliéster, pvc e montagem plástica para a fabricação de bijouteria.
* 1951 a 1960: Mulheres com corpo de mulher: saias balão justas na cintura e na bainha. Mulher com corpo de menina: linha trapézio de Sait-Lourent. Estilo e sofisticação. Os óculos gatinha e bijouterias coloridas são um estilo de vida. Luvas compridas e coloridas, usadas com colares e pulseiras de várias voltas. Os adolescentes rebeldes usam calças largas e dançam rock in roll, início dos anos rebeldes.
* 1961 a 1970: Mary Quant ou Paco Rabane? Quem criou a mini-saia? Então as minis saem pelo mundo, assim como o saint-tropez, topes, bolsas de couro e sapatos desconfortavelmente elegantes. Nos anos que se seguem, usa-se o vale-tudo: a moda se mistura. O movimento psicodélico influencia nas artes plásticas e nas bijouterias.
* 1971 a 1980: Agora a moda vem da América. O pacifismo hippie escreve mensagens em camisetas, vestindo jovens de todo o mundo. Embora o brim já existisse há algum tempo, só agora chega à vanguarda em forma de jeans que veste a geração. O batick, técnica indiana de tingimento de roupas é largamente usado em batas, saias e vestidos. As bijouterias seguem as tendências ditadas pelas joalherias: amuletos étnicos, pingentes, medalhas e correntes variadas.
* 1981 a 1990: Madonna é a influência global. A joalheria é praticamente uma religião com vários seguidores. As mulheres usam jóias e bijouterias o tempo todo. Cópias são feitas e vendidas em magazines. Utilizam-se plásticos, madeiras, metal, papel marche, vidro, couro e outros. Sempre com muitas correntes douradas.
* 1991 a 2000: A era da tecnologia e da globalização. É o início de um novo tempo. Buscamos o resgate dos valores simples. Agora a moda é virtual, um mix de novos materiais sintéticos ou não buscando a harmonia entre o meio ambiente e o indivíduo. A conscientização ecológica e a miscigenação globalizam emoção, opiniões, sentimentos e influenciam o nosso estilo.
* Terceiro Milênio: Bijouteira não é um simples complemento, é um comportamento.


Sejam muito bem-vindos ao Blog Bijus by Sandra Teren!

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